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Gato com Vertigens

Um espaço com ideias para pensar, divertir e partilhar.

Gato com Vertigens

Um espaço com ideias para pensar, divertir e partilhar.

O gato com vertigens é um blog que se destina a todos aqueles que tiverem algo de inteligente para dizer ou que queiram aprender mais sobre o mundo em que vivemos. Quer seja um comentário a uma notícia, um elogio, uma celebração, um desabafo ou uma denúncia, a sua opinião é bem-vinda.

 

Monty Python 5 - Olimpíadas disparatadas

Mais um momento fabuloso dos Monty Python: as olimpíadas disparatadas.
Nestes Jogos Olímpicos absolutamente nonsense temos provas como os 100 metros para pessoas sem nenhum sentido de orientação, os 15000 metros para surdos, 200 metros em natação para pessoas que não sabem nadar, os 3000 metros barreiras para pessoas que pensam ser galinhas e a corrida de incontinentes.
 

Engenho e Arte - O esquentador dos pobres

As energias alternativas no seu esplendor.

No dia em que se tomou conhecimento que há 5600 moradores na cidade de Lisboa que ainda não têm água canalixada (desculpem, canalizada), é um bom momento para vos apresentar esta invenção (que não é de um engenheiro português, mas poderia muito bem ser)...

Em Lisboa há 5600 habitantes sem água canalizada em casa

Num país que está na presidência da União Europeia, não se arranja dinheiro para pôr a água em casa de 5600 pessoas idosas, sem recursos e que vivem em casas alugadas, em condições precárias e com reformas de miséria?
Leiam a notícia do Jornal de Notícias e digam se não dá vontade de gritar: SOVINAS!

Chafarizes são a "salvação" para milhares de lisboetas
Os chafarizes ainda são a única solução para cerca de 5600 moradores de Lisboa que vivem sem água canalizada. Uma realidade bem conhecida de Maria Lucinete, que já perdeu a conta aos jarros com água que carregou na última década. Com 64 anos e depois de sobreviver a dois acidentes vasculares cerebrais, Maria Lucinete desce com "muito custo" a rua principal do Bairro da Liberdade, em Campolide, para ir buscar água ao chafariz, encostado ao Aqueduto das Águas Livres. Mas a tarefa mais difícil é subir a rua, muito íngreme, com dois garrafões cheios de água.

Chegando ao portão da vila operária onde reside, surge outro obstáculo uma escada ainda mais íngreme, onde mal cabe uma pessoa e sem corrimão onde se possa amparar. Os garrafões ficam à porta, numa varanda exígua, assim como os alguidares cheios de água. Envergonhada, Maria Lucinete mostrou a sua casa: uma assoalhada mínima que faz de quarto e cozinha, apenas com uma cama, um fogão e muitos objectos à mistura.

Lá fora, na varanda, tem uma sanita que não pode utilizar porque a água vem toda para fora. "Tenho de fazer as necessidades num balde e depois deitar ao lixo", contou a moradora, que toma banho em casa, num alguidar "Fico mais à vontade do que se fosse ao balneário público".

Instalar água canalizada em casa está fora das possibilidades financeiras de Lucinete, que mal tem dinheiro para pagar a renda de casa, cerca de 62 euros. "É muito dinheiro", exclamou a moradora, que para sobreviver faz recados aos vizinhos a troco de "um a dois euros".

Noutra rua do mesmo bairro mora José Manuel Paulos, que se desloca apoiado em duas muletas devido a uma deficiência nas pernas. Por essa razão tem de pagar a um vizinho para lhe ir buscar água ao chafariz. "Moro aqui há 53 anos e nunca tive água", contou o morador, que, ironicamente, tem casa de banho, onde "apenas" faltam torneiras. Em vez disso, tem cântaros cheios de água espalhados pelo espaço.

A senhoria de José Paulos construiu a casa de banho com a intenção de instalar as canalizações, mas acabou por nunca o fazer. Entretanto morreu e a casa passou para vários herdeiros, o que complicou a situação do inquilino, sem dinheiro para suportar a instalação da água.

Escrito por Helena Neves - Lusa

Casos são conhecidos
Os casos destes moradores assemelham-se a outros existentes no Bairro da Liberdade, que, segundo o presidente da Junta de Freguesia de Campolide, são meia centena. São habitações precárias, construídas há cerca de 60 anos sem licença de habitação que "não têm o mínimo de condições de habitabilidade", contou Jorge Santos. Este problema estende-se a outros bairros da capital, como Alcântara e o Beato. "Temos muitos casos de pessoas sem água canalizada e sem instalações sanitárias, principalmente nos pátios, que se socorrem dos chafarizes", disse o presidente da Junta de Freguesia de Alcântara, José Godinho.

Para diminuir o problema, a junta pagou a instalação da água a alguns moradores com maiores dificuldades financeiras. Na freguesia do Beato também há casos de habitações com cerca de 70 anos que não têm abastecimento de água, nomeadamente na Calçada e no Beco da Picheleira, que nunca pediram o ramal à Empresa Pública de Águas Livres.

Como resolver problemas

Como se pode ver no diagrama abaixo, a análise e resolução de problemas é uma tarefa muito simples. No final da análise, terá o problema resolvido.

Isto, a não ser que chegue à conclusão que é um otário por ter sido apanhado em falta e não tiver oportunidade de culpar outrem. Neste caso entrará num círculo vicioso insolúvel.