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As energias alternativas no seu esplendor.
No dia em que se tomou conhecimento que há 5600 moradores na cidade de Lisboa que ainda não têm água canalixada (desculpem, canalizada), é um bom momento para vos apresentar esta invenção (que não é de um engenheiro português, mas poderia muito bem ser)...
Num país que está na presidência da União Europeia, não se arranja dinheiro para pôr a água em casa de 5600 pessoas idosas, sem recursos e que vivem em casas alugadas, em condições precárias e com reformas de miséria?
Leiam a notícia do Jornal de Notícias e digam se não dá vontade de gritar: SOVINAS!
Chafarizes são a "salvação" para milhares de lisboetas
Os chafarizes ainda são a única solução para cerca de 5600 moradores de Lisboa que vivem sem água canalizada. Uma realidade bem conhecida de Maria Lucinete, que já perdeu a conta aos jarros com água que carregou na última década. Com 64 anos e depois de sobreviver a dois acidentes vasculares cerebrais, Maria Lucinete desce com "muito custo" a rua principal do Bairro da Liberdade, em Campolide, para ir buscar água ao chafariz, encostado ao Aqueduto das Águas Livres. Mas a tarefa mais difícil é subir a rua, muito íngreme, com dois garrafões cheios de água.
Chegando ao portão da vila operária onde reside, surge outro obstáculo uma escada ainda mais íngreme, onde mal cabe uma pessoa e sem corrimão onde se possa amparar. Os garrafões ficam à porta, numa varanda exígua, assim como os alguidares cheios de água. Envergonhada, Maria Lucinete mostrou a sua casa: uma assoalhada mínima que faz de quarto e cozinha, apenas com uma cama, um fogão e muitos objectos à mistura.
Lá fora, na varanda, tem uma sanita que não pode utilizar porque a água vem toda para fora. "Tenho de fazer as necessidades num balde e depois deitar ao lixo", contou a moradora, que toma banho em casa, num alguidar "Fico mais à vontade do que se fosse ao balneário público".
Instalar água canalizada em casa está fora das possibilidades financeiras de Lucinete, que mal tem dinheiro para pagar a renda de casa, cerca de 62 euros. "É muito dinheiro", exclamou a moradora, que para sobreviver faz recados aos vizinhos a troco de "um a dois euros".
Noutra rua do mesmo bairro mora José Manuel Paulos, que se desloca apoiado em duas muletas devido a uma deficiência nas pernas. Por essa razão tem de pagar a um vizinho para lhe ir buscar água ao chafariz. "Moro aqui há 53 anos e nunca tive água", contou o morador, que, ironicamente, tem casa de banho, onde "apenas" faltam torneiras. Em vez disso, tem cântaros cheios de água espalhados pelo espaço.
A senhoria de José Paulos construiu a casa de banho com a intenção de instalar as canalizações, mas acabou por nunca o fazer. Entretanto morreu e a casa passou para vários herdeiros, o que complicou a situação do inquilino, sem dinheiro para suportar a instalação da água.
Escrito por Helena Neves - Lusa
Casos são conhecidos
Os casos destes moradores assemelham-se a outros existentes no Bairro da Liberdade, que, segundo o presidente da Junta de Freguesia de Campolide, são meia centena. São habitações precárias, construídas há cerca de 60 anos sem licença de habitação que "não têm o mínimo de condições de habitabilidade", contou Jorge Santos. Este problema estende-se a outros bairros da capital, como Alcântara e o Beato. "Temos muitos casos de pessoas sem água canalizada e sem instalações sanitárias, principalmente nos pátios, que se socorrem dos chafarizes", disse o presidente da Junta de Freguesia de Alcântara, José Godinho.
Para diminuir o problema, a junta pagou a instalação da água a alguns moradores com maiores dificuldades financeiras. Na freguesia do Beato também há casos de habitações com cerca de 70 anos que não têm abastecimento de água, nomeadamente na Calçada e no Beco da Picheleira, que nunca pediram o ramal à Empresa Pública de Águas Livres.
Os homens têm realmente uma mente muito mais simples...
Está lá, é o Sr. Antunes? É só para dizer que hoje vou levar-lhe algumas viaturas a menos ...
The queen is dead. Long live the queen.
... estraga-me a roupa toda, chiça!
Como se pode ver no diagrama abaixo, a análise e resolução de problemas é uma tarefa muito simples. No final da análise, terá o problema resolvido.
Isto, a não ser que chegue à conclusão que é um otário por ter sido apanhado em falta e não tiver oportunidade de culpar outrem. Neste caso entrará num círculo vicioso insolúvel.
Caramba, tenho que ir ao cabeleireiro esta semana!